Por Fernando Rascado
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Em meio à formação do elenco para a disputa da Divisão de Acesso desta temporada, o Pelotas divulgou ontem um novo projeto. Trata-se do museu do clube. Por meio de Pablo Isnardi, arquiteto e diretor, e do Arquivo Lobão, representado por Fred Mendes, que também é diretor, e Felipe Netto, foi apresentado à imprensa em entrevista coletiva o plano de revitalizar o museu. 

A ideia é que a obra comece entre julho e agosto e seja finalizada até outubro, mês de aniversário do Áureo-Cerúleo. O orçamento necessário foi mantido em sigilo, porém a ajuda do torcedor será fundamental. “A gente vai contar e precisar da força da torcida com doações, vamos criar mecanismos para que o pessoal possa contribuir com a compra de materiais, equipamentos. Vamos organizar alguns eventos para arrecadar fundos para essa conclusão”, destaca Isnardi. O responsável pelo projeto diz também que a primeira forma de arrecadação será através de um Pix e uma venda simbólica de equipamentoa para o museu. Tudo será divulgado nos sites ecpelotas.com.br e arquivolobao.com.br. 

Posteriormente serão divulgados eventos como campeonatos de padel e beach tennis para torcedores do Pelotas, um almoço e uma venda de camisa comemorativa alusiva a algum ano recente da história do clube. 

O diretor de História e Documentação do Lobo, Fred Mendes, conta que o atual museu necessita de reformas por completo, até mesmo para evitar que o Pelotas perca mais materiais históricos, além de abrir um novo espaço para a torcida e turistas conhecerem mais da história do Lobo. “Na questão física ela necessita de reparos, é uma sala muito antiga, o próprio acervo do museu necessita de mais cuidados, estávamos perdendo algumas coisas, que começaram a me incomodar um pouco mais. […] Agora é hora da execução, temos que correr atrás da verba. É uma vontade, um sonho nosso tendo um museu com condições de receber a torcida, turistas, passar um pouco a imagem do clube para quem vem de fora”, disse o fundador do Arquivo Lobão. 

Já para Felipe Netto, também do Arquivo Lobão, a ideia é aproximar o Pelotas dos torcedores. “Que a torcida possa abraçar este projeto. É a nossa história que está em jogo, nosso museu precisa ser revitalizado”. 

O projeto 

Pablo Isnardi explica que a revitalização será para mudar o patamar do museu do clube. “Fizemos o projeito em duas fases. Uma fase de recuperação estrutural. Estamos falando de recuperar laje de cobertura de infiltração, melhorar pintura, piso, parte elétrica toda nova. E uma parte estética, que inclui mobiliários novos, totens mais interativos e a partir disso poder mudar o clube e o nosso museu para que receba visitações de escolas, turistas. A ideia é que o museu não seja só um espaço onde estejam guardados os nossos troféus, a nossa história, e sim que seja aproveitado pela nossa torcida e também para quem visita o clube”, conta o arquiteto do projeto de revitalização do museu. 

O diretor diz também que a obra será como um piloto e, caso seja realizada com sucesso, o próximo passo é avançar para outros locais do clube, como vestiário, sala do presidente e central de sócios. A ideia de começar pelo museu surgiu pela necessidade de uma reforma estrutural para não perder mais material. Fred Mendes complementa que muita coisa já se perdeu no levantamento que fez. “É visível que se perdeu muita coisa porque não foi cuidado da forma que deveria ser. A gente tem tempo de resgatar, tem muita coisa que a gente ainda consegue salvar e é isso que estamos fazendo”. O diretor do Lobo ainda diz que existem taças danificadas e que há coisas para arrumar, consertar e resgatar do acervo histórico do Áureo-Cerúleo.